quinta-feira, 30 de maio de 2013

O FECTA não pode parar!!!!




O FECTA (Festival de Esquetes da Cia Teatral Acontece) esse ano completa sua X Edição. Ainda sem o apoio devido, os organizadores do evento tentam fazer o festival acontecer.

É de espantar como ainda estamos imbuídos numa sociedade que privilegia a mídia e o valor de mercado que as manifestações artísticas podem agregar as suas marcas.

Um evento que tem Lei Rouanet, não conseguir captar o recurso porque no evento não têm nenhum global e, o mesmo, não está vinculado à copa, é um absurdo. Assim como é um absurdo o que a cultura cearense vem passando nesses últimos mandatos de uma nova "Oligarquia Accioly" vigente.

O FECTA não pode deixar de acontecer. É um acontecimento que já faz parte do calendário artístico-cultural da cidade. Um acontecimento fomentador e potencializador da cultura no estado e no Brasil, pois nas últimas versões, o festival contou com a participação de grupos de outras federações do país. Debates, intercâmbios, oficinas, palestras etc.

Foi no FECTA que tive a oportunidade de experimentar minhas pesquisas cênicas, fomentar um diálogo com o público nessas experiências e assim poder refletir sobre a minha poética, sobretudo com o esquete
SAKURA MATSURI: O JARDIM DAS CEREJEIRAS, que hoje transformou-se em espetáculo e também é meu objeto de pesquisa no mestrado.

Dá para notar a importância que o FECTA têm para cidade, pois além do pensamento artístico, o festival também agrega o pensamento acadêmico por meio de debates, oficinas e uma revista de artigos ensaísticos. Creio que isso têm mais valor para um país em desenvolvimento do que o ter globais em sua programação.

 O FECTA têm compromisso com o público e com os artistas. É um acontecimento sério e que tem meu apoio para continuar existindo. Faço parte dessa luta!

Espero ver esse cartaz de "inscrições prorrogadas", mais e mais vezes.
É sinal que queremos participar!

Tomaz de Aquino, 
Mestrando em Estudos das Artes Contemporâneas,
Ator, Diretor, Preparador Corporal e Dramaturgista.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1273196

sábado, 16 de março de 2013

UMA IMAGEM ESCULPIDA NA CARNE





Breve Comentário de uma poesia cênica.

Ver novamente a senhorita Camille Claudel, após seis anos de sono, foi um “acorda para a vida”.  A força de uma mulher que, como muitos dos grandes franceses, foram trancafiados em sanatórios devido a força de suas palavras e de sua arte. Uma arte que pulsa vida, e que por isso, esta gravada, esculpida na carne, em cada pedaço da nossa musculatura que irrigada por sangue se faz vida. Um respirar. Um sufocar. Respirações. Sufocamentos. E a vida lutando e pulsando, fazendo-se poesia nesse embate.  


Ver novamente a senhorita Camille Claudel, após seis anos de sono, acordou-me do meu cochilo sobre a força da imagem. Sobre a conexão do invisível - alma, com o visível - corpo, proporcionando a reflexão que o invisível também se faz imagem. Discutindo a questão benjaminiana da aura no objeto, afastando-nos do conceito da tautologia - da objetividade desse objeto, que no caso é corpo da atriz, porém não é um corpo-objeto dado apenas às funções vitais de um corpo em movimento, trata-se de um corpo-mente-pensamento-alma, um corpo aurático e repleto de subjetividade que impulsiona assim, a força na criação das imagens. Vemos em cena o preenchimento de uma atriz, que mesmo parada, nos presenteia com a subjetividade de sua força, da força de uma Camille, de uma Zuzu e de tantas outras mulheres que como tal, foram subjugadas em nossa sociedade.
















Ver novamente a senhorita Camille Claudel, após seis anos de sono, deixou-me fragilizado, com um embargo no peito e uma vontade imensa de gritar um grito capaz de fazer tremer as montanhas da Cidade Maravilhosa. Por vezes, emocionei-me assistindo, ontem, a senhorita Claudel. Por vezes, inquietei-me. Por vezes, deixei o meu corpo ser esculpido por sua força poética. Por vezes, minhas carnes gritavam e tornavam-se forma, ora areia, ora barro indo ao fogo, ora figura modelada e rígida sendo contaminado com a força das imagens que se transmutavam no palco e vinham de encontro com a plateia, fazendo o acontecimento teatral se tornar realidade.


Ver novamente a senhorita Camille Claudel, após seis anos de sono, foi presenciar um ritual acontecer em cena aberta. Um ritual e o seu contágio, sua contaminação. Um ritual de imagens que vão sendo postas para que o público componha as suas metáforas e complete a sua força. Um ritual de imagens composto e decomposto em ações. Em um dado momento, vemos o palco vazio de vida (humana), apenas com os objetos da cena - compondo um quadro harmônico na desarmonia -, que seriam apenas objetos, se nos prendêssemos a visão tautológica da coisa. Mas embora a cena esteja vazia da presença humana, aqueles objetos que compõem o cenário estão cheios de vida humana, de aura, de uma vida que os tornam imagem visível para além do seu significado coletivo. A força da imagem desse quadro, dessa pintura ou dessa paisagem vazia, faz-nos sentir a presença. Naqueles objetos, também vemos ações. O presente no ausente. O visível no invisível. O homem que se faz carne na sua ausência e no silêncio.



















Ver novamente a senhorita Camille Claudel, após seis anos de sono, fez-me lembrar de Lulu em suas Certas Coisas “Não existiria som, se não houvesse o silêncio. Não haveria luz, se não fosse a escuridão. A vida é mesmo assim, dia e noite, não e sim...”. So existiu o sentar, porque existiu o ficar em pé. Sentamos para nos deixar ser moldados pela senhorita Claudel durantes os sessenta minutos cronológicos de sua saga no palco. E depois do sentar, ficar em pé se tornou uma ação tão difícil... bater palmas parecia espetar as mãos em espinhos, por um tempo não queria voltar para a realidade, queria continuar respirando aquele encontro e permanecer mais um pouco com a imagem se esculpindo em carne. 


Tomaz de Aquino
Rio de Janeiro, 16 de março de 2013.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

tomaz um café com Tomaz de Aquino

sempre fui louco por café.
quando era criança, tomava café com manteiga. adorava ver as bolhas de gordura flutuando sobre o líquido preto, a coloração era linda! a textura, a obra de arte no devir de um café.
cresci.
gastrite nervosa, crônica, pangsatrite, gastrite da bactéria pirolypac.
vida sem café
não senti falta
mas bastou Nat, Livinha e Mel pingarem o meu leite com uma gota de café
uma coloração ainda branca predominou, mas a cada dia, a coloração mudava
uma paleta de cores era inventada no meu café
do mais branco leite uma escala degradê de marron escuro até virar preto total.

em Fortaleza, os café são poucos. de um tempo para cá essa realidade está mudando, eles estão mais a vista ou eu quem estou encontrando.

Cutucaram-me no facebook. cutuquei de volta. cutucadas infindáveis. chamem-me para tomar um café. e assim nasceu a campanha TOMAZ UM CAFÉ COM tomaz de aquino.

quem estiver interessado, basta deixar um convite: quero um café ou vamos tomar um café etc, que marcamos tudo via facebook e nos deleitaremos nesse ouro brasileiro.
aonde? na minha casa, na sua casa, em um café, em uma lanchonete, em um boteco, na rua, na sala de aula. você escolhe. nós combinamos e o encontro nasce.

aqui também postarei algumas das experiencias vivenciadas nesse período.

saúde!


domingo, 21 de agosto de 2011

No sol do morro cascavel

Fds em Cáscavel. visita a amiga pós-operatório Jack Lima. dia maravilhoso com Jota e Dimas. dores num branco morro com passeio perdido por entre a dunas e labirinto. falesias que embelezam. amy que revisita. jade que ressurge em meio ao sol. cafuçu que visita.

lindo passeio às falesias de Morro Branco.
praia que energiza.

FELICIDADE!

Na chuva na rua na fazenda ou numa casinha de sapê

Continuando os passeios pelo, fui agora pra Guará passar um fds. comemorar o aniversário de amigas: Graça e Anísia.

Ficamos no sítio Cana Brava. dois dias de paz e calam em contato com a natureza. mãe e amigos na serra. companheira de viagem, a ex-sogra e atual amiga Adriane Portela. foi lindo tudo. a viagem. a estadia. o frio. as pessoas. o mototaxi. o banho de lago. o pedalinho. o vinho. a felicidade. a volta em um ônibus hiperultrasupermega lotado. o pão com ovo na estrada. o resfriado.

A vida é linda! não a deixe. o presente é agora.

domingo, 24 de julho de 2011

as minas gerais ou horizonte belo ou cristais de diamantes

essa viagem não será será separada um post por dia. optei em fazer tudo em uma única postagem, atualizando-a dia a dia.

21/07
5h. Belo Horizonte. Ju nos espera pra um belo café da manhã. Inhotim. dia inteiro nesse paraíso de arte e natureza. Hélio Oiticica e as cosmococas. tudo muito lindo. natureza. espírito. Deus. à noite, amigos no edifício maleta. Marlon e Isabela que bom vê-los na rodoviária. cerveja. água. casa da Ju. ops! já são 23h. Diamantina me espera. melhor, nos espera. estou com a Rafinha nessa viagem. e logo mais chegará a Marisa também.

22/07
5h. Diamantina. fomos assaltados. 12 pila o táxi da rodoviária à pousada. 2min de percurso, só desceu a ladeira. ops! vamos negociar antes entrar no carro. dormi.
12:30. ingressos. almoçar. ir pra colégio diamantinense. aulas com Alexandre Brum Correa. Mímica Corporal Dramática. muito bom rever os princípios técnicos. maravilhosa a condução da aula. maravilhoso tudo.
21:30. Tio Vânia. Tchechov. grupo galpão... vi a galera dos clowns de shakespeare. amanhã eles apresentam Ricahrd third.
caminhar pelo largo da Abaiúca. conhecer pessoas. fazer amigos.

aqui como em BH também é só colocar tudo no quidificador, quidificar tudo e tudo fica quidificado.
que sotaque lindo.

23/07
manhã. feira no mercado municipal. compra de pedras, diamantes e cristais.
diamante é apenas licença poética, né?
aula de mímica. Corine Soum chega hoje. mas só dará aulas na segunda.
sua incelença ricardo terceiro foi apresentado na rua. a energia caiu. mas logo foi contornada e os meninos voltaram com o gás todo. parabéns ao grupo que não se deixou abalar com o acontecido. só queria um microfone daqueles pra imitar a Sandy.
dia de passeio pelo mercado central. compra de cristais. noite na Abaiúca e no Incomodo. conhecendo amigos novos. amanhã cachoeira, casa da Chica da Silva e JK.
PS: muito feliz em ter revisto a amiga Mabel.

24/07
domingo dia de acordar tarde. frio muito e cachoeira furou. folga do curso de mímica corporal. almoçamos num restaurante de comida típica: feijão tropeiro, carnes e mais carnes, todo tempero, gordura e guloseimas das comidas mineiras. meu prato? ovo cozido. sofro quando venho ao sudeste e sul e quando estou no interior do nordeste. viro ovíparo.
passeio pelas ruas de diamantina, algo me lembra Portugal. casa de Chica e JK, quem disse? estavam fechadas depois do almoço. fui então com minhas amigas marisa e rafa atrás do caminho dos escravos e deparamo-nos com o hospital público e dentro dele a capela de Nossa Senhora da Saúde e dentro dela um velório. tempo.
voltamos para o centro. ops, no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho, essa pedra era a Corinne Soum, fomos apresentados a ela pelo prof. Alexandre Brum e a profa. Bya Braga.
fotos. fotos. fotos. doces e chocolates.
pousada e dá-lhe senhor dos anéis 2.
a tardinha, palestra sobre iluminação com o amigo Ronaldo Costa do grupo clowns de shakespeare.

25/07
todo dia tenta-se acordar cedo pra cachoeira, mas o frio é demais. não rola. então, dá-lhe cama nele. primeiro dia com a profa. Corinne. muito boa a aula. didática excelente. e simpática. muitas confusões no corpo. muita coisa pra aprender, pra reestruturar, reorganizar, reentender. suor, dores e prazer.
a noite, espetáculo de mímica corporal com Nadya e Andre. bom. boas imagens. mas algo faltou. questionamentos surgiram, enfim, não sei o que escrever, só posso escrever que foi belo, mas que falta algo. aliás, sempre faltará algo em tudo.
alojamento dos estudantes da UFMG e muita brincadeira de mafia, vitima e cidadão madrugada a dentro.

26/07
cachoeira? nada. chuva. cama. oficina. frio. muito frio. parece que um resfriado quer chegar.

28/07
sol! putz. oficina começa hj às 10h. cachoeira babou. babou. babou. só dá tempo ir na casa da Chica. opa! fechada, so abre das 12h às 17h. não dará tempo. aula aberta no teatro santa Isabel. antes de teatro era exército, virou teatro, virou cadeia e virou teatro de novo.
hora do almoço. casa da Chica da Silva e descobri que ela reuniu em sua personalidade os 7 pecados capitais e as 3 virtudes católicas. arrasou.
a gripe apareceu. fui para a cama às 20h. apaguei.

29/07
sol! já sabem, cachoeira, cadê? aula às 10h. hora do almoço. casa de JK. descobri que ele tirou
6 em português
1 em algebra
5 em francês
5 em inglês
4 em latim
7 em catequese
4 em desenho
Einstein também era assim.
último dia em Diamantina. despedir da cidade. despedida simbólica. cada um com seus botões. depois do curso as horas voaram e quando percebeu-se já era hora de ir pra rodoviária.
ônibus que não chega. atrasado. mas foi ótimo, ronquei horrores no ônibus.
coccix machucado da aula de hoje, não sei o que houve, só sei que na aula da tarde e noite o senti incomodando.
fotos. fotos. fotos.

30/07
BH. trabalho de Fortaleza para resolver. cinema e teatro com Marlon. prosa boa. noite. conheci felipe. savassi. lá encontro Ju, Marisa, Tata, conheci Dru, Alisson e outro cara. Barzim. 10 dias de barzim nas véia. só hj bebi. um chop no gute gute. Vevelt. Centrão. Nelson Bordello. maravilhoso. balada underground com um paraíso musical dentro: blacksoul, michael, jazz, hiphop, rap, funk, elza etc. pessoas legais. frescura inexistente. todos da mesma tribo. na pista os biboys e suas coreografias junto aos visitantes e o seu Nelson arrasando indo até o chão.
acho que depois de 10 dias em barzims farei minha inscrição no AA em Fortaleza.
ops!
5:30h da manhã do dia 30. dormir. levantar as 7h para se organizar. voltando à Fortaleza às 11h. levando no peito um pedaço de minas, de amigos novos, de frio, de aventuras, de estudos, de trabalhos, de harmonia, de descobertas pessoais,